A primeira questão é se o homem é salvo por meio da fé com o guardar da lei. A maneira do homem para a salvação é a fé mais o guardar a lei. Já falamos sobre a questão da lei, mas vamos repetir novamente. A Bíblia dedica muito tempo para tratar dessa questão. Os pregadores, portanto, também devem dedicar muito tempo para lidar com essa questão. Visto que o homem presta muita atenção à lei, a Bíblia dedica dois livros para tratar desse problema. Temos de conhecer o motivo pelo qual Deus deu a lei. Deus deu a lei aos israelitas, não para que a guardassem, mas para expor seus pecados. Originalmente, os israelitas tinham pecados, mas estes não se haviam tornado transgressões. De Adão a Moisés, o homem tinha pecados (Rm 5:14), mas não tinha qualquer transgressão. Deus deu a lei para tornar os pecados do homem em transgressões (Rm 5:13, 20a).
Como foram os pecados do homem transformados em transgressões? Suponha que haja uma pessoa que tem a disposição e o temperamento de caminhar de um lado para outro, do lado de fora do salão de reuniões, todos os dias. É algo que ele gosta de fazer. Ele tem de fazer isso todos os dias, todas as semanas, todos os meses e todos os anos. Ninguém consegue explicar por que ele faz isso. Mas em seu temperamento, disposição e vida, há tal coisa que o impele a andar de um lado para outro, do lado de fora do salão de reuniões. Embora ele tenha esse hábito, não podemos dizer que isso signifique qualquer transgressão. Você pode não gostar do que ele faz e pode achar que esteja errado, mas ele não tem percepção de que isso está errado. Quando ele perceberá que é errado? Suponha que você tome duas fitas vermelhas brilhantes e as amarre naquele espaço obstruindo a passagem. Quando ele vier no dia seguinte, verá as duas fitas e perceberá que não deve passar por elas. Seu hábito sempre foi o de andar por ali. Há algo nele que o compele a andar por ali. Suponha que ele dê uma olhada nas duas fitas e contemple a cor brilhante, a textura de seda, o belo laço, e em seguida as desamarre e passe direto por elas. Nesse caso, o seu caminhar é diferente do anterior. Seu caminhar anterior era um pecado sem transgressão. Agora é o mesmo caminhar, mas ele caminha em transgressão.
Deus diz que a lei é perfeita. Ela é boa, justa, santa e excelente (Rm 7:12). Contudo, o homem é cheio de pecado. Ele é cheio de pecado por dentro e por fora. Entretanto, de Adão a Moisés, embora o homem tivesse pecado, ele não tinha transgressões. Deus estabeleceu a lei, não para que o homem não pecasse, mas para expor os pecados do homem e torná-los em transgressões. Hoje a lei está aqui. Uma vez que uma pessoa quebre a lei, ela percebe que pecou. Portanto, podemos dizer que Deus deu a lei ao homem não para que este a guarde, mas para que veja que pecou. Quando não havia a lei, ele não percebia que tinha pecado. Agora ele sabe.
O estranho é que o homem toma a lei, que está ali para provar seu pecado, a fim de tentar provar que é justo. Ele inverte o objetivo da lei. Deus quer que pela lei saibamos que pecamos, mas nós queremos provar pela lei que somos justos. Deus quer mostrar-nos pela lei que estamos perecendo, mas queremos provar pela lei que estamos salvos. O homem não se enxerga. Seus pensamentos estão cheios da lei. Ele não vê que é corrompido interiormente e que não consegue guardar a lei. A carne do homem não consegue guardar a lei de Deus. Ela não se submeterá à lei de Deus. Entretanto, o homem ainda quer procurar justiça na lei e ganhar vida por meio dela. Deus usa a lei para mostrar ao homem que ele está desamparado e que necessita receber a salvação. Mas quando ele vê as ordenanças, tenta obter um pouco de justiça por meio delas e ser salvo. Romanos 3:19 diz: “Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus”. Esse versículo diz que a lei foi dada com o fim de calar toda boca, para que ninguém possa dizer qualquer coisa, e para que todos estejam sujeitos ao julgamento de Deus. Em seguida, há um veredito com respeito a nós: “Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (v. 20). Pode-se ver que a intenção original da lei foi expor o pecado, não justificar o homem. Está muito claro que o propósito da lei de Deus era expor o pecado e não estabelecer nossa própria justiça.
No Antigo Testamento, Deus não somente deu a lei ao homem, como também os tipos, os quais eram as leis cerimoniais. Elas explicavam como alguém deveria oferecer sacrifícios e como pagar o valor para a expiação. Essas questões tipificam o cumprimento da redenção do Senhor Jesus e da Sua subseqüente salvação para nós no Novo Testamento. Isso é o que Deus nos tem mostrado. É tão estranho que o homem tente estabelecer sua própria justiça não só por meio da lei, mas também por meio desses tipos. Ele tenta estabelecer sua justiça por meio dessas ordenanças. Nós até mesmo encontramos um fariseu que, orando, dizia que jejuava duas vezes por semana e que ofertava a Deus a décima parte do que possuía (Lc 18:11, 12). Ele pensava que essa era a sua justiça e que por meio dela poderia ser salvo. O homem não vê o propósito pelo qual Deus estabeleceu a lei. Ele compreende mal o propósito de Deus. O homem duvida que seja tão fácil ser salvo. Ele acha que é verdade que o homem de fato é salvo por crer no Senhor Jesus. Nós, que somos cristãos, acima de tudo reconhecemos a necessidade de crer. É correto crer, mas muitos dizem que deveríamos também guardar a lei. O que o homem está dizendo hoje não é se alguém pode ser salvo pela lei ou não. O que ele está dizendo é que os que crêem em Jesus devem também guardar a lei para ser salvos. A fé em Jesus é uma doutrina indiscutível na Bíblia. Contudo, os cristãos dizem que se deve acrescentar a isso o guardar a lei. O homem não vê que crer em Jesus e guardar a lei são duas coisas totalmente contraditórias. Elas jamais podem ser juntadas. A diferença entre a fé em Jesus e as obras da lei é a mesma entre o céu e o inferno. Assim como o céu é imensamente diferente do inferno, a fé em Jesus é imensamente diferente das obras da lei.
A quem foi dada a lei? Foi dada aos judeus. Por que, então, o Novo Testamento menciona repetidas vezes o guardar a lei? No Novo Testamento, os apóstolos, ou melhor dizendo, o Espírito Santo, sabia claramente que seus leitores podiam não ser necessariamente todos judeus. Somente uma minoria dos que creram em Jesus bem no início eram judeus. Alguém perguntou-me certa vez: “Você diz que os judeus são os que receberam a lei. Mas quem são os judeus?” Eu lhe disse que os judeus eram como porquinhos-da-índia. Quando um pesquisador de produtos farmacêuticos não tem segurança sobre um remédio, ele não o experimentará em seres humanos. Em vez disso, ele primeiramente o injeta em porquinhos-da-índia. Se os porquinhos-da-índia morrem imediatamente, então o remédio não pode ser utilizado. Somente após o remédio provar que é eficaz é que será injetado em seres humanos. O mesmo é verdade para remédios administrados por via oral. Primeiro, ele é dado aos porquinhos-da-índia. Se funcionar, então o remédio é usado. Caso contrário, ele é descartado. O mesmo é feito para imunização contra bactérias. Se funcionar no porquinho-da-índia, funcionará no homem. Se não funcionar no porquinho-da-índia, não funcionará no homem. Eu diria, do modo mais respeitoso possível, que os judeus são os porquinhos-da-índia. Deus testou a lei nos judeus. Se os judeus pudessem cumpri-la, então poderia ser usada. Se não pudessem cumpri-la, então ela não poderia ser usada. Deus aplicou a lei nos judeus e eles não conseguiram cumpri-la. Isso significa que o mundo todo não pode cumpri-la. Os judeus foram selecionados por Deus como objetos de uma experiência. Os judeus são os representantes do homem no mundo todo. Portanto, vê-se que a lei foi oficialmente dada aos judeus. Mas o princípio da lei é dado a todos os homens. É dado a toda carne. Deus deu a lei ao homem para preveni-lo de que o homem é proveniente da carne e é carnal.
Que é o cristianismo? O cristianismo não diz aos filhos de Adão que façam o bem. Isso não é o cristianismo. O cristianismo diz que Adão está crucificado e eliminado, e que a raça adâmica é aniquilada pela cruz do Senhor Jesus. O homem em Cristo recebe uma nova vida e torna-se uma nova raça. A lei é inútil para a nova raça, pois não existe coisa semelhante à lei na nova raça. A lei foi dada por Deus aos filhos de Adão para expor os seus pecados. Se alguém quiser ser salvo por guardar a lei, ele deve perceber a séria conseqüência das palavras guardar a lei. Uma vez que o homem guarde a lei, ele obterá justiça. Contudo, essa justiça será proveniente da carne. Em outras palavras, significaria que os filhos de Adão, isto é, a raça adâmica, não precisam morrer. Significaria que o homem pode agradar a Deus com sua carne. Talvez alguém argumente que o homem não pretende guardar toda a lei, que ele compreende que é impossível guardá-la na sua totalidade, que o que ele pretende é crer em Jesus, e então, guardar a lei. Todavia, se a obra da lei tiver uma milionésima fração de aceitação diante de Deus, isso significa que Adão não precisaria morrer. Isso anularia a própria natureza do cristianismo. O cristianismo não está aqui para estabelecer uma base para Adão. Não está aqui para manter a velha criação. Ele está aqui para transferir-nos para a nova criação. Somos carne, e não podemos obter a justiça que provém de guardar a lei.
Desde a queda do homem, havia o querubim e a espada flamejante guardando a árvore da vida no jardim do Éden (Gn 3:24). Por que o querubim e a espada flamejante estavam guardando o caminho para a árvore da vida? Para evitar que o homem comesse da árvore da vida. Após o homem ter se tornado pecador e ter comido do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, não havia outro caminho para ele voltar à árvore da vida e comer do seu fruto exceto ser julgado pelo querubim e morto pela espada flamejante. Deus nos mostra que o homem não pode comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e ao mesmo tempo comer do fruto da árvore da vida. O homem não pode comer de ambos. O homem não pode receber a semente do pecado em uma das mãos e tomar a salvação do Senhor na outra.
Aqui reside a diferença entre o cristianismo e o judaísmo. O judaísmo diz ao homem na carne que pelo fato de guardar a lei ele viverá. Mas o cristianismo diz que ele não pode viver, pois não consegue guardar a lei. O cristianismo afirma claramente que o homem não consegue fazê-lo. Não há possibilidade de ele guardar a lei. Portanto, podemos ver que no Antigo Testamento, Deus deu a lei para que o homem a guardasse. No Novo Testamento, vemos que o homem não consegue guardar a lei de modo nenhum, tampouco deve guardá-la. Essa é uma das maiores verdades na Bíblia. Agora o perigo é que se juntamos a fé com a lei, anulamos o princípio da Bíblia. Imediatamente Adão terá a base, e o homem carnal será capaz de viver novamente. O julgamento de Deus é que o homem deve morrer. Por meio de Jesus Cristo, Deus eliminou o homem. Ele não quer que o homem carnal consiga coisa alguma. Hoje, se o homem ainda tenta produzir algo a partir da carne, ele subverte o princípio do Novo Testamento. Se for dado terreno à lei, então a carne também terá terreno. Mas Deus diz que a carne não tem terreno, que todos os terrenos foram removidos.
Podemos indagar se isso é anular a lei. Precisamos lembrar que, de acordo com a Bíblia, a lei exige duas coisas de nós. Primeiro, a lei diz que aquele que a guardar, viverá (Rm 10:5). A lei requer que a guardemos e façamos algo. Uma vez que o homem a guarde, obterá justiça. Se tivermos justiça, teremos a recompensa, que é a vida. Mas há um segundo aspecto. A lei diz que no dia em que comermos da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente morreremos (Gn 2:17). Por um lado, a lei requer que o homem guarde algo. Por outro, sua punição é a morte para todos os que não guardam a lei. Todos os que não guardam a lei recebem a retribuição por não guardar a lei. Portanto, no Antigo Testamento, em princípio, vemos que a lei exigia que o homem a guardasse e que fosse justo. Os que não a guardassem eram condenados e punidos.
Em Xangai, o departamento de Trânsito tem muitas leis. Por exemplo, para dirigir ao escurecer, a pessoa deve ter faróis na sua bicicleta. Se não houver farol na bicicleta, então haverá uma multa de sessenta centavos. Esse regulamento requer duas coisas: que a pessoa instale um farol e que aqueles que não o fizerem sejam punidos. Que é, então, anular a lei? Anular a lei significa que alguém não tem um farol e tampouco tem de ser punido. Que é guardar a lei? Guardar a lei é satisfazer uma das exigências. Os que têm um farol, estão guardando a lei. Os que não têm um farol, mas estão dispostos a pagar sessenta centavos, também estão guardando a lei.
O problema hoje é que não conseguimos guardar a lei. A lei de Deus requer que sejamos justos. Se não somos justos, então falhamos. Somente sendo justos podemos viver. Mas nenhum homem é capaz de guardar a lei. Ninguém entre nós pode ter justiça diante de Deus pelo fato de guardar a lei. Uma vez que o homem toque a lei de Deus, ele falhará. Paulo disse em Romanos 7:7 que mesmo que Deus tivesse somente uma lei, o homem não seria capaz de guardá-la. Paulo não transgredia todas as leis. Ele mencionou somente uma lei, acerca da cobiça. Na lingua original, a cobiça é concupiscência. Paulo disse: “Estou desamparado. A concupiscência insiste em voltar todas as vezes. Para mim é impossível não ter concupiscência”. Ele não podia fazer o farol da sua bicicleta funcionar, contudo ele tinha de andar pela cidade. Para alguns, o problema não é que o farol não funciona. Eles simplesmente não querem ter a luz. Essas pessoas nem mesmo querem acender o farol. Que é anular a lei? É quando alguém argumenta com Deus dizendo: “Ó Deus, não posso guardar Sua lei hoje. Por favor, deixe-me ir, por conta do Senhor Jesus. Fiz o melhor que pude. Por favor, não me castigue”. Todos que suplicam ao Senhor Jesus, que seja brando, ou a Deus, que tenha misericórdia deles, estão anulando a lei. Por um lado, eles não querem guardar a lei. Por outro, não querem a punição da lei. Eles não querem ter o farol, contudo, ao mesmo tempo, querem evitar a multa de sessenta centavos. E quanto a nós hoje? Temos nossos faróis? Se temos os faróis, então podemos andar sossegados pela cidade. Mas nenhum de nós é capaz de ter o farol. Portanto, a única maneira é pagar os sessenta centavos. Isso é o que o Senhor Jesus fez por nós. Esse é o julgamento que experimentamos em Cristo. Devemos dizer: “Louvamos e agradecemos ao Senhor, pois já fomos julgados em Cristo!” Fomos punidos em Cristo. Deus já nos puniu em Cristo. Uma vez que o Senhor Jesus morreu, ressuscitou e ascendeu, a salvação que agora recebemos é equivalente à que obteríamos se guardássemos a lei. Aqueles que têm o farol, estão livres. Os que foram punidos também estão livres. Hoje, se um homem conseguir guardar todas as leis, ele será justificado e será salvo, da mesma maneira que nós, os que cremos em Jesus, somos salvos e justificados. É claro que não somos apenas salvos quando cremos em Jesus; ao salvar-nos, o Senhor Jesus concedeu-nos muitas outras coisas além de conceder-nos também a lei.
Paulo disse em Romanos 3:31: “Anulamos, pois, a lei, pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei”. Portanto, quando somos salvos pela fé em Jesus, não anulamos a lei. Uma vez que encontramos a exigência da lei em nós, a lei nada tem a dizer. Nunca pense que deveríamos adicionar a obra da lei à nossa fé. Para nós, crer é como pagar os sessenta centavos. Para nós, guardar a lei é como ter o farol. Ninguém no mundo inteiro teria o farol e pagaria sessenta centavos ao mesmo tempo. Isso é ilógico. Por que alguém teria de pagar sessenta centavos e ao mesmo tempo ter o farol? Se ele pode ter o farol, então não tem de pagar os sessenta centavos. Se existir a palavra da fé, então não pode haver a lei. Se existir a lei, não pode haver a palavra da fé. Ninguém pode ter a fé e guardar a lei ao mesmo tempo, pois fazer isso seria desprezar o Senhor Jesus. Isso significaria que a pessoa não consegue ver sua completa fraqueza e imundícia.
Por favor, leia novamente Gálatas 2:16, 17: “Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois por obras da lei, ninguém será justificado. Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não”. O livro de Gálatas nos mostra que alguns na Galácia contendiam sobre não ser suficiente o homem ser justificado pela fé no Senhor Jesus; ele ainda devia guardar a lei. Eles não estavam dizendo que o homem não deveria crer. Eles certamente reconheciam que um homem é justificado em Cristo. Mas estavam dizendo que ele ainda precisava guardar a lei. Paulo estava dizendo uma palavra muito dura aqui. Ele estava dizendo que se enquanto procuramos ser justificados em Cristo somos achados pecadores, significa que após termos crido no Senhor Jesus, nós ainda não fomos justificados, ainda somos pecadores, e ainda devemos guardar a lei para ser salvos. Por exemplo, suponha que eu esteja doente e passe dez dias sob os cuidados de um médico. Depois disso, porque a doença ainda permanece, tenho de consultar outro médico. Se busco ser justificado em Cristo e ao mesmo tempo tento guardar a lei, significa que ainda sou um pecador e que ainda não fui salvo. Se já não sou pecador, então nunca mais deveria guardar a lei. Se ainda sou pecador, Cristo é ministro do pecado? Paulo perguntava: Se ele não era justificado depois de ter crido no Senhor Jesus, aquilo significava que Cristo era um ministro do pecado? A resposta é: “De modo nenhum!” No Novo Testamento, Paulo disse “De modo nenhum” muitas vezes. No grego, essa é uma expressão peculiar. É traduzida na versão King James como “Deus não permita”. É equivalente à expressão “os céus não permitam”, uma palavra muito forte. Isso significa que até mesmo os céus rejeitariam isso. Não há razão debaixo do sol para que isso sucedesse. Portanto, está claro que o homem não pode ter fé em Jesus e ao mesmo tempo guardar a lei.
Em Romanos 3, Paulo fez outra afirmação clara. O versículo 28 diz: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”. Essa é uma afirmação conclusiva. Agora é uma questão de fé. Nada tem a ver com a lei, absolutamente. Graças ao Senhor! Jesus é suficiente. Para a Bíblia, dar atenção à fé é dar atenção à graça de Deus. Isso nos mostra que tudo vem pelo receber. Alguns gostam de exaltar os homens em sua pregação do evangelho. Mas se conhecemos a Bíblia, veremos que fora de Deus o homem é totalmente desamparado. Lembre-se, destas duas sentenças: o homem não é salvo pela lei, tampouco é salvo pela fé com a lei. Este é o primeiro e mais comum engano do homem. O homem misturou a fé com a lei.
Watchman Nee
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